Legalizar o aborto e deter a extrema-direita!
Pelo fim do feminicídio, transfemicídio e violência policial!
Pelo fim da escala 6x1 e dos cortes do novo teto de gastos!

Nós somos as Feministas Antirracistas Socialistas - FAS e junto com militantes de vários países, construímos o ROSA Internacional para reverter o caminho de super-exploração e opressão que vivemos cotidianamente. Hoje, estamos nas ruas com milhares de mulheres e organizações no mundo para lutar por direitos e mudanças reais.
Salários baixos. Aluguel, luz, água e alimentos caros. Transporte Público precário. Violência doméstica, assédio sexual, LGBTfobia. Enchentes, calor, secas, variações nas chuvas, “tragédias” anunciadas que estão longe de ser naturais, mas sim causadas pelo capitalismo. Violência policial, racismo religioso contra terreiros e o Brasil seguindo no topo de país que mais mata pessoas trans e travestis. É assim que queremos viver?
Construímos as lutas coletivamente por direitos e por uma mudança radical em nosso sistema econômico, político, social e cultural através de um projeto de sociedade anti-capitalista e socialista. Essa mudança, não virá sem luta e sem um programa político que nos leve até às últimas consequências deste enfrentamento.
Chegamos a mais um 8 de Março e não há o que comemorar!
Em 2023 foram 85.000 mulheres e meninas vítimas de feminicídio no mundo, sendo mais de 60% dos crimes cometidos por parceiro íntimo ou familiar da vítima. Perdemos uma mulher ou menina a cada 10 minutos. No Brasil, um relatório de 2023 mostrou que em nove anos, 10.655 mulheres foram vítimas de feminicídio no país. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, dos 1.463 assassinatos de mulheres em 2024, 63,3% das vítimas eram negras. O dossiê da ANTRA mostrou que 117 mulheres trans foram assassinadas no Brasil em 2024.
Além do asssassinato dessas mulheres, a violência doméstica também segue números trágicos. O DataFolha levantou que entre 2023 e 2024, 2,4 milhões de mulheres sofreram agressões físicas no Brasil.
Se Organizar e lutar coletivamente!
Realidade trágica de uma cultura machista que é fruto do sistema patriarcal, racista e capitalista. Não há novidade nessas desigualdades e, no entanto, este sistema é capaz de lançar foguetes para o espaço e descobrir a cura para diversas doenças, mas segue incapaz de produzir a solução para a opressão, isso porque ele se beneficia dessa situação. Mas nós lutamos contra essa estrutura, contra a extrema direita que se alimenta da desigualdade e contra todos os que lucram por cima de nossas vidas!
O ano passado foi marcado pela Greve dos Institutos e Universidades federais, pela luta das feministas nas ruas contra o PL 1904 e a PEC 164 que pretendem piorar o pouco direito que vítimas de violências e gestantes com risco de vida e má formação do feto têm em acessar o aborto legalizado e gratuito. Tivemos importantes mobilizações contra a jornada de trabalho torturante da escala de 6x1 e contra o aumento das tarifas dos ônibus.

Nossos direitos e o governos Lula
Nos últimos vinte anos, o saldo foi de aprofundamento da política de ajuste fiscal e redução do Estado para direitos sociais, avanço nas privatizações do patrimônio estatal – principalmente pelas Parcerias Público-Privadas (PPPs) e uso de Organizações Sociais (OSs) –, perda salarial e de direitos dos servidores públicos, avanço na desregulamentação do trabalho, incluindo a liberação das terceirizações, forte retrocesso na reforma agrária, principalmente nas desapropriações, fortalecimento do agronegócio, dos latifúndios e dos transgênicos e da financeirização do campo, destruição da Amazônia e Cerrado, incluindo as grandes hidrelétricas, sendo muito desses retrocessos responsabilidade dos governos do PT. Todos esses ataques contribuem para o aumento da desigualdade e consequentemente para o aumento das taxas de criminalidade, que em vez de ser estruturalmente combatida, é enfrentada com o aumento da violência racista, principalmente das polícias nas favelas com medidas de encarceramento em massa como a lei antidrogas. A exemplo, a PM da Bahia, governada pelo PT, é a que mais mata. A violência também cresce com a militarização da política encabeçada pela extrema direita e se volta também no campo contra indígenas e quilombolas.
Com Lula na presidência, sendo o 5º mandato da legenda, vimos o retorno de políticas fundamentais de moradia, renda, saúde, cultura e educação, vimos também que tudo está em uma grande mesa de negociação e poderia “cair por terra” com a chegada de um governo de direita e extrema direita como aconteceu com Temer e Bolsonaro.
As consequências de uma política que se pretende conciliar o interesse das classes acaba por atacar os nossos direitos e também dá espaços para que uma direita que se pretende popular e protofacista ganhe mentes e corações. A nossa resposta deve ser mais direitos e é preciso derrotar a direita dentro e fora do governo, sem anistia para golpistas, construindo as lutas como única saída capaz de nos trazer vitórias, mas também para apontar uma alternativa real à nossa classe!
A saída é coletiva: Precisamos construir uma grande e forte jornada que unifique nossa lutas e combata a extrema-direita!
A saída para a crise generalizada e mundial do sistema, da humanidade e do planeta Terra só pode vir da mobilização e luta coletiva das massas oprimidas. Enquanto o capitalismo continuar a sua marcha, o caminho para o abismo é certo. Não é um ou outro governo de esquerda que pode mudar esta marcha. A humanidade pode reverter este caminho, desde que construa coletivamente e através das lutas um projeto de sociedade anti-capitalista, de convivência com a natureza e os recursos naturais, de justiça e harmonia social, de liberdade, igualdade e um projeto socialista para o futuro.
Somos nós a resposta. Nós, que iniciamos 2025, com a importante luta em diversas cidades contra o aumento das passagens, por tarifa zero e um transporte público de qualidade com fiscalização e controle popular. Que lutamos contra a jornada de trabalho da escala 6x1. Que no dia 29, estivemos presentes na Marsha Trans em Brasília. Estamos construindo o Dia 8 de março como o dia Internacional de Luta das Feminista, das Mulheres, no Brasil e afora.
Feministas nas ruas: Legalizar o aborto, deter a extrema-direita, chega de Anistia e privilégios políticos para o lucro às custas das nossas vidas!
Crianças não devem maternar! Contra qualquer retrocesso do direito ao aborto em casos de exceções! Pelo arquivamento do PL 1904 e a PEC 164!
Educação sexual e contraceptivo para prevenir, aborto legal, seguro e gratuito para não morrer!
Contra a violência de gênero e o feminicídio e trans feminicídio! Combater a LGBTfobia, o machismo e a cultura do estupro.
Pelo fim da escala 6x1 sem redução de salário, emprego e salário digno para todas as pessoas acima da inflação! Pelo fim da sobrecarga das mulheres!
Tarifa Zero e estatização do transporte público sob controle de trabalhadores e usuários por mais qualidade, não às privatizações dos serviços públicos!
Pelo fim da violência policial e a chamada “guerra às drogas”. Pela desmilitarização das polícias e pelo controle comunitário!
Por um Estado Laico em todos os serviços! Por combate ao racismo religioso e intolerância religiosa!
Por uma educação laica, com educação sexual, lgbtinclusiva e antirracistas!
Frente Única de esquerda para enfrentar à extrema direita é sem anistia e privilégios para políticos!
Por nossos povos, classe e territórios, enfrentar a fome, a crise climática e o capitalismo com luta nas ruas! Por uma democracia socialista com controle dos trabalhadores!
Solidariedade internacional a todos migrantes, ao povo palestino, aos sudaneses e povo congolês.
Fora imperialistas da América Latina! Por uma federação socialista de toda classe trabalhadora e povos da América Latina!
Apoie e participe!
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